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Se Querem Fazer Um Projeto Moderno
Por este mês, pela primeira vez na história, uma sonda montada por seres humanos deixou os confins do Sistema Solar e penetrou o espaço interestelar. A sonda, Voyager 1, foi lançada na NASA 36 anos atrás, em setembro de 1977, ao longo do governo de Jimmy Carter, no momento em que pessoas ainda usavam calça boca-de-sino.
A era das viagens interestelares, coisa que até nesse lugar era mais ficção do que realidade, começou. O Sol, como toda estrela, emite quantidades enormes de partículas eletricamente carregadas (principalmente prótons e elétrons, constituintes do "vento solar") que ficam confinadas em uma bolha chamada de heliosfera. O limite desta bolha, a heliopausa, marca a região onde a influência do Sol no meio interestelar passa a ser miserável.
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A mudança entre o Sistema Solar e o espaço interestelar se deu no momento em que a sonda Voyager I atravessou a heliopausa, localizada em torno de cem vezes a distância entre a Terra e o Sol. Mesmo a luminosidade demora cerca de 14 horas para chegar de lá até por aqui. O feito serve de metáfora em tal grau pra missão da ciência quanto pro espírito humano. Ciência, sempre que formação nossa, representa um interesse marcadamente humano de exceder fronteiras, no caso, as fronteiras do conhecimento. A cada descoberta, aprendemos mais sobre o universo e sobre isso nosso território nele.
Como falou o poeta americano T. S. Eliot, "só aqueles que se arriscam a ir mais longínquo sabem quão longínquo podem destinar-se". Este é o espírito da ciência e, a meu visualizar no mínimo, deveria ser bem como a mola propulsora de cada um da gente em nossas vidas. Existe neste local uma visão anticonformista, de brigar contra a mesmice que marca nosso dia a dia.
Na procura científica, o novo é imperativo: temos de inventar um pouco mais do mundo diariamente, por desse modo manifestar, dado que não sabemos o que existe além do que sabemos. Com A Volta Da Bandeira Vermelha Em Agosto, Veja Informações De Economia De Energia Elétrica , cientistas não têm a autonomia do poeta ou do pintor, em razão de o mundo que "inventam" é uma especificação do universo que existe, pelo menos do jeito como o percebemos através de nossas observações.
Por fim, nosso intuito é captar a natureza: a última palavra é a toda a hora dela, mesmo que sejamos forçados --e com periodicidade-- a descartar ideias que têm amplo apelo e lindeza. São nessas outras estrelas, ou seja, nos planetas à sua volta, que conseguem haver outros seres vivos, quem sabe mesmo outros seres pensantes.
